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Informativo Eletrônico - Outubro de 2015

Publicado: Quinta, 12 de Novembro de 2015, 18h20 | Última atualização em Terça, 01 de Março de 2016, 17h07 | Acessos: 5601
 
Nº 10 | OUTUBRO DE 2015
 

 



Projetos usam a ciência para colocar a luz a serviço da vida

 


Gerador de energia movido a ar comprimido
Clique aqui para vê-lo em funcionamento

A necessidade de contar com uma fonte de luz artificial alternativa ao sistema elétrico levou o bacharel em Direito Michel Singer a inventar o gerador de energia movido a ar comprimido. O que acendeu a lâmpada da criatividade para o sócio-proprietário da empresa Zettawatt, presente na Incubadora de Empresas Tecnológicas (IETEC) do Cefet/RJ, foi o apagão energético ocorrido em novembro de 2009. No escuro, sem ar-condicionado, Singer começou a pensar em saídas.

O resultado foi a criação de um equipamento que funciona conectado a uma fonte externa de ar comprimido. “O gerador movido a ar comprimido pode ser usado em espaços confinados sem a poluição e o perigo inerentes aos geradores a diesel ou a gasolina”, ressalta Singer. O protótipo gera energia suficiente para acender 60 leds de alto brilho.

Na busca por dispositivos mais acessíveis economicamente do que as placas solares, a recém-formada técnica em Mecânica do campus Angra dos Reis Thays Schtine iniciou o desenvolvimento de um sistema alternativo de geração de energia elétrica a partir da luz do sol. Orientada pelo professorLuís Fernando Santos, Thays decidiu trabalhar com as reações químicas, base do funcionamento de fontes de energia como pilhas e baterias.

A ex-aluna desenvolveu o projeto “Geração de energia elétrica por processos químicos acelerados por aquecimento com energia solar”. No experimento, Thays utilizou quatro recipientes com uma solução aquosa de limão. Imersos em cada um deles, havia dois materiais de metal: um prego e um pedaço de cobre. Aplicando o conceito da cinética química de Arrhenius, segundo o qual a velocidade das reações químicas aumenta à medida que a temperatura também aumenta, a estudante expôs a reação química em um local de alta incidência de luz solar: o foco de uma antena parabólica, dispositivo que “atrai” os raios solares.

 

Antena parabólica e recipientes com a solução aquosa de limão utilizados na geração de energia
Antena parabólica e solução de limão

 

Medições realizadas antes e depois da exposição da reação química à luz solar indicaram um aumento de tensão da ordem de 10%. O próximo passo, de acordo com Santos, será “incluir mais elementos de reações químicas, organizados de uma maneira mais conveniente para que recebam a energia solar de forma mais otimizada, buscando obter tensões próximas às usadas em casa, como 12 V e, se possível, 110 V”.

Também em busca de alternativas para uma sociedade mais sustentável, alunos do campus Maracanã orientados pelo professor Salvador Pires construíram um protótipo de telhado verde. A solução arquitetônica visa melhorar a qualidade de vida nas cidades, explorando os potenciais da vegetação e da luz solar e minimizando os efeitos nocivos desta.

“Para se ter uma ideia, em uma casa com cobertura de aço, no horário das 12h30, no mês de outubro, a sensação térmica média é de 57°C. Já em uma casa recoberta com telhado verde, nos mesmos período e horário, a temperatura média é de 21°C”, explica a aluna do curso técnico em Edificações Gabrielly Tuffani. Além de reduzir as ilhas de calor, o telhado verde contribui para a melhoria da qualidade do ar das cidades, a diminuição das possibilidades de enchentes e o isolamento acústico.O protótipo construído pelos alunos do Cefet/RJ é composto por cincocamadas.A laje convencional, simulada por uma caixa de madeira, é recoberta com areia, cuja função é reter água. Para auxiliar nessa tarefa, minimizando os riscos de infiltração na laje, a areia é revestida por uma manta de Bidim. Acima desta se encontra o substrato e, por fim, uma camada de vegetação.


Camadas do telhado verde e o protótipo final dos alunos

Os projetos foram apresentados durante a Semana de Extensão 2015 do Cefet/RJ, ocorrida entre 21 e 23 de outubro. O evento integrou a programação da 12ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que abordou o tema “Luz, Ciência e Vida”.

Tecnologias para a acessibilidade

Facilitar a vida de pessoas com deficiência é um objetivo recorrente de projetos desenvolvidos por alunos do Cefet/RJ (veja a notícia Projeto auxilia pessoas com deficiência motora). Na Semana de Extensão 2015, foram apresentados dois protótipos dessa natureza, criados no campus Maria da Graça.

A Lubras consiste em uma ferramenta para o ensino de Libras. O protótipo é composto por um software e uma luva eletrônica. O usuário digita o texto em português no software e este é convertido em sinais elétricos que indicam, por intermédio de leds coloridos instalados na luva, o movimento a ser feito na língua brasileira de sinais. O protótipo foi desenvolvido sob a orientação de docentes do Projeto Turing. Clique aqui para ver o vídeo da Lubras.

Já a Bemguiala aperfeiçoa um acessório muito usado por pessoas com deficiência visual. Construído com materiais de baixo custo, o protótipo possui dois sensores ultrassônicos instalados em diferentes pontos de uma bengala, que detectam a presença de obstáculos e transmitem sons ao usuário para informar as características destes. Quando o objeto é baixo, são emitidos três bips curtos para um fone de ouvido; quando se trata de um objeto alto, um som contínuo.

 

 

 

Colóquio marca adesão do Cefet/RJ à Década Internacional de Afrodescendentes


Painel de abertura do I Colóquio Internacional de Relações Étnico-Raciais e Políticas Públicas
I Colóquio Internacional de Relações Étnico-Raciais e Políticas Públicas

 

A realização do I Colóquio Internacional de Relações Étnico-Raciais e Políticas Públicas marca a adesão oficial do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnico-Raciais (PPRER) do Cefet/RJ à Década Internacional de Afrodescendentes, proclamada pela ONU para ser comemorada entre janeiro de 2015 e dezembro de 2024.

“O programa de pós-graduação planejou o primeiro colóquio como uma ação de reflexão acadêmica e social no contexto da Década. Durante esses dez anos, pretendemos realizar cinco colóquios, um a cada dois anos. Neste primeiro, pontuamos questões fulcrais, como o racismo, o preconceito contra as mulheres, especialmente as negras, e a legislação brasileira de políticas afirmativas. Nos colóquios seguintes, vamos continuar realizando balanços sobre esses temas, mas também vamos abordar políticas propositivas”, afirma a coordenadora do PPRER, Maria Renilda Barreto.

A programação do evento contemplou os principais objetivos traçados para a década comemorativa. Além de ampliar o conhecimento e reivindicar o respeito ao patrimônio histórico-cultural e às contribuições dos afrodescendentes para o desenvolvimento das sociedades, o Colóquio procurou fortalecer a cooperação e a interlocução entre agentes nacionais, regionais e internacionais, bem como promover a reflexão sobre políticas públicas afirmativas.

O debate contou com a participação de uma diversidade de segmentos sociais, incluindo intelectuais, professores, estudantes, artistas, representantes do corpo diplomático, do poder público e dos movimentos sociais.“Primamos pela valorização da diversidade de saberes, de práticas, de costumes e de compreensões sobre as relações étnico-raciais”, reforça Renilda.

O Colóquio foi realizado entre os dias 21 e 23 de outubro, em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc). Foram registradas 555 inscrições no evento.

 

Políticas afirmativas no Brasil

O painel de abertura do Colóquio abordou as políticas afirmativas institucionais brasileiras. A mesa foi composta pelo professor de Antropologia da USP Kabengele Munanga e pelo professor de Educação da UFMG e coordenador de Educação para as Relações Étnico-Raciais da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Rodrigo de Jesus. A mediação coube ao professor do PPRER do Cefet/RJ Roberto Borges.

Na avaliação do professor Munanga, “as políticas afirmativas brasileiras ainda estão no início, mas alguns resultados já começam a se manifestar, como as cotas para negros em universidades e no serviço público. Mas esse é um processo longo. O preconceito faz parte da sociedade e não irá acabar amanhã. Por isso, as políticas afirmativas vieram para ficar, até o dia em que a sociedade se der conta de que não precisa mais delas”.

No que diz respeito à reeducação para as relações étnico-raciais, o representante da Secadi/MEC explica que o trabalho desenvolvido pela Secretaria se articula em torno de três eixos: a formação continuada dos professores, a distribuição de material didático e o fortalecimento da Lei nº 10.639/2003, alterada pela Lei nº 11.645/2008, que torna obrigatório o ensino de história e de cultura afro-brasileira e africana no currículo oficial da educação básica. “Nossa preocupação, nesta década, é conseguir dar visibilidade às experiências que estão sendo colocadas em prática, reforçá-las e também inspirar outras novas, tentando sair de experiências identificadas em sujeitos para construir outras, calcadas em um compromisso coletivo das escolas e dos sistemas de ensino”, afirma.

Quanto ao papel desempenhado pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Borges esclarece que a incorporação ao Ministério da Cidadania não afetou as atribuições da Secretaria. “Antes da fusão, a Seppir desempenhava uma função articuladora. Ela dialogava com todos os outros ministérios, com o objetivo de implantar a pauta da igualdade racial no Brasil, criando políticas tanto no nível federal, quanto no municipal e no estadual. Atualmente, dentro do ministério maior, ela continua com as mesmas políticas”, afirma Borges.

Jornada Integrada de Pesquisa e Pós-Graduação

 Entre os dias 21 e 23 de outubro, também foi realizada a Jornada Integrada de Pesquisa e Pós-Graduação 2015 (JIPP 2015), composta pelo 5º Seminário de Pesquisa e Pós-Graduação e pelo 15º Seminário de Iniciação Científica. O evento teve o objetivo de propiciar o intercâmbio entre alunos e docentes que atuam em atividades relacionadas à pesquisa e à pós-graduação.

Durante a JIPP, foram apresentados 137 trabalhos de iniciação científica, sendo 44 de ensino médio e 93 da graduação, além de 68 de pós-graduação. De acordo com a professora Dayse Pastore, “houve um crescimento em relação ao ano passado, principalmente na participação dos alunos de pós-graduação”. Na JIPP 2014, foram apresentados 127 trabalhos de iniciação científica – 53 de ensino médio e 74 de graduação –, mais 28 de pós-graduação.

 

Servidores e alunos doam sangue ao Hemorio







Fila de triagem da coleta de sangue realizada no Cefet/RJ




O estoque de sangue do Hemorio ganhou um reforço extra com a campanha de doação organizada em parceria com o Cefet/RJ. Realizada no campus Maracanã, durante a Semana de Extensão, a campanha resultou na coleta de 56 bolsas de sangue em quatro horas.

A enfermeira da Divisão de Atenção à Saúde e Perícias (DASPE) Luzhelene Bernardo avalia que, “para o tempo de duração da coleta, o balanço é bastante positivo”. De acordo com Luzhelene, “os servidores do Cefet/RJ, inclusive os terceirizados, mostraram-se bastante ativos. Houve também participação de estudantes, tanto do ensino médio/técnico quanto da graduação”.

Essa foi primeira vez que o aluno do curso superior em Administração João Victor Bunn, de 19 anos, doou sangue. “Sempre tive vontade de ser doador, mas, por falta de oportunidade, nunca tinha doado antes”, conta. A participação de João Victor no time Enactus Cefet/RJ foi decisiva para sua primeira doação. “Depois que entrei para o time, passei a ter contato com muitas pessoas que são doadoras e, quando elas me avisaram sobre o evento no Cefet/RJ, vi que era a oportunidade perfeita para fazer minha parte.”

Já a recepcionista da DASPE Irani Rocha doa sangue com frequência e aproveitou a ida do Hemorio ao seu local de trabalho para repetir o gesto. “É um bem que posso fazer a uma pessoa. Mas também é um bem que faço a mim, pois me sinto feliz em doar”, afirma.

A coleta de sangue aconteceu no dia 21 de outubro. A campanha foi organizada pelo DASPE e contou com o apoio do time Enactus Cefet/RJ e da Cefet Jr. Consultoria.

 

Apresentações musicais embalaram a Semana de Extensão







  

   Bandão do Cefet/RJ no espetáculo “Rio 450 anos – o meu Rio”






Do funk à música clássica, uma diversidade de ritmos e sons embalou a Semana de Extensão 2015. Sob a coordenação de professores dos campi, as atividades conferiram um toque artístico especial à programação científica e tecnológica.

Na solenidade de abertura da Semana, realizada no campus Maracanã, no dia 21 de outubro, os sons do saxofone, da flauta, do baixo acústico, do teclado e da bateria se uniram para reproduzir o ritmo de composições nacionais e internacionais.


Clique na imagem para ver parte da apresentação musical da abertura da Semana de Extensão

No dia seguinte, aliando música, poesia e teatro, o Bandão do Cefet/RJ apresentou, no campus Maracanã, o espetáculo “Rio 450 anos – o meu Rio”. A homenagem aos 450 anos da Cidade Maravilhosa foi realizada a partir da interpretação da performance de compositores brasileiros consagrados, como Noel Rosa, Chico Buarque e Elis Regina, bem como de uma bricolagem de funks cariocas.



  Clique na imagem para ver parte da apresentação do Bandão do Cefet


Os docentes do campus Maracanã se uniram aos professores dos campi Maria da Graça e Itaguaí, no mesmo dia e lugar, para o Concerto Didático. A atividade, realizada com o objetivo de promover uma discussão pedagógica sobre música, prestou tributo a Pixinguinha, compositor que contribuiu decisivamente para o desenvolvimento do choro, gênero da música popular brasileira genuinamente carioca.

No campus Nova Friburgo, o grupo Expressom, formado por alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) deu um show de música clássica e MPB. A apresentação, que também aconteceu no dia 21, ofereceu, segundo os organizadores do evento, uma amostra exemplar do papel transformador desempenhado pela educação.

Na passarela, a cultura africana

Vestuários e acessórios tipicamente africanos também ganharam a cena na Semana de Extensão. Alunas do Cefet/RJ e da Escola Municipal Juliano Moreira, que visitavam a exposição, desfilaram em trajes afros, exibindo blusas, saias, bolsas, sandálias, colares, pulseiras, brincos e turbantes.

 As modelos foram auxiliadas pela cabo-verdiana Keyla Mendes, que vive no Brasil há dez anos e se dedica à difusão da indumentária africana. “Minha intenção é valorizar a cultura africana através da moda, buscando suas raízes.”

No figurino, foi conferido destaque ao turbante, peça portadora de distintos significados culturais. “Como a África é um continente grande, cada amarrado do turbante tem um significado diferente. Em Cabo Verde, por exemplo, o amarrado é atrás e não se faz turbante muito grande. Os turbantes mais entrelaçados são usados em ocasiões especiais, como festas e casamentos”, explica Keyla. O desfile aconteceu no dia 22 de outubro.


Cefet/RJ se destaca no XXIII JIFET






  
  Time masculino de futsal do Cefet/RJ



As equipes masculinas de futsal e xadrez do Cefet/RJ ficaram em segundo lugar nos XXIII Jogos das Instituições Federais de Educação Tecnológica da Região Sudeste (XXIII JIFET). A vitória na primeira modalidade foi do Instituto Federal Fluminense (IFFluminense), por 5 a 3. No xadrez, a equipe campeã foi a do Cefet/MG.

Os jogos envolveram 280 alunos de seis instituições de ensino: Cefet/RJ, Cefet/MG, Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Instituto Federal Fluminense (IFFluminense), Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) e Instituto Federal de São Paulo (IFSP). As modalidades de futsal e xadrez foram disputadas por equipes masculinas e femininas.

O JIFET é a competição com mais tempo de execução ininterrupta da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Os jogos deste ano foram realizados entre 19 e 22 de outubro, no Cefet/RJ.

Veja mais fotos das atividades científicas e culturais da Semana de Extensão 2015.

 


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