Informativo Eletrônico - Novembro de 2015
- “Cefet/RJ está em posição privilegiada para cumprir objetivo da Capes”, afirma diretor de Pesquisa e Pós-Graduação
- Eletronuclear investirá mais de R$ 9 milhões no campus Angra dos Reis
- Aluno do Cefet/RJ será Jovem Embaixador do Brasil nos Estados Unidos
- Congresso projeta campus Angra dos Reis no cenário internacional de pesquisa
- Artigo é premiado como o melhor da área de Gestão Estratégica e Organizacional
“Cefet/RJ está em posição privilegiada para cumprir objetivo da Capes”, afirma diretor de Pesquisa e Pós-Graduação
O compartilhamento dos mesmos espaços de pesquisa entre professores dos ensinos médio/técnico, superior e de pós-graduação alça o Cefet/RJ a uma posição privilegiada para cumprir o objetivo da Capes de contribuir para a melhoria da educação básica. A atuação integrada tem permitido à instituição criar cursos stricto sensu voltados para a formação docente, conduzidos por pesquisadores que lecionam no ensino médio. A afirmação é do responsável pela Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação (DIPPG), Pedro Manuel Pacheco, que participa da gestão da área desde 2001, quando assumiu a Coordenadoria de Pesquisa e Estudos Tecnológicos (COPET). Antes de se tornar diretor da DIPPG, em 2008, Pacheco também foi assistente de Pesquisa e Pós-Graduação (2003-2006) e chefe do Departamento de Pesquisa (2006-2008).
#CEFET_RJ – O que se destaca nesse período de sua atuação na área de Pesquisa e Pós-Graduação?
Pedro Manuel Pacheco – Desde a gestão passada (2011-2015), a Direção-Geral tem revelado uma grande preocupação com o planejamento e a sinergia entre as diferentes diretorias sistêmicas. As ações têm sido pensadas com vistas à evolução institucional. Nesse período, houve a construção de regulamentos e processos importantes, como o Regulamento de Avaliação de Desempenho (RAD), utilizado como base para a progressão funcional docente.
#CEFET_RJ – Quais são os avanços trazidos pelo RAD?
Pacheco – O RAD permite alocar todas as atividades docentes previstas em uma instituição de ensino superior: pesquisa, ensino e extensão. Com o documento, os docentes podem computar institucionalmente essas três atividades. A métrica do regulamento está associada à carga horária de 40 horas, para professor com dedicação exclusiva (DE). Os docentes têm que cumprir 40 pontos, associados a essas 40 horas, que podem estar relacionados tanto ao ensino, quanto à pesquisa ou à extensão. Existe uma lista grande de atividades possíveis, que acaba respeitando as características de cada docente. É importante termos contribuições de docentes que têm uma vocação maior tanto para o ensino, quanto para pesquisa e para extensão, lembrando sempre que o ensino é a atividade primordial. Considero o documento um grande avanço, porque institucionaliza as atividades. Isso auxilia na busca pela verticalização das atividades do ensino médio/técnico, da graduação e da pós-graduação.
#CEFET_RJ – No que consiste a verticalização?
Pacheco – A área de pesquisa é um exemplo importante para explicar a verticalização. No Cefet/RJ, os grupos de pesquisa permitem que professores e alunos do ensino médio/técnico, da graduação e da pós-graduação atuem juntos. Isso torna a experiência muito enriquecedora. O aluno do ensino médio/técnico está em contato com alunos da graduação e da pós-graduação. É uma vivência similiar à do mercado de trabalho e do mundo. O que procuramos fazer é permitir uma experiência bastante integrada, seja entre os professores dos diversos níveis de ensino, seja entre os alunos. Nós já recebemos docentes de outras instituições, e inclusive de outros países, que ficam muito impressionados com essa forma de atuação.
#CEFET_RJ – Esse é um diferencial da área de pesquisa do Cefet/RJ?
Pacheco – Acreditamos que essa seja uma experiência diferenciada do Cefet/RJ. Mais do que isso, faz parte da nossa luta pela transformação em universidade manter os três níveis de ensino integrados. Na área de pesquisa e pós-graduação, temos incentivado o envolvimento dos diferentes segmentos. Existe a impressão de que quem dá aula na pós-graduação são os professores do ensino superior, mas atualmente nós temos mais docentes do ensino médio-técnico atuando na pós-graduação do que docentes do magistério superior. Há uma grande quantidade de docentes do nível médio-técnico com alta competência. Quando falo em competência, considero título de doutorado e publicações. O último curso de pós-graduação stricto sensu criado na instituição, o mestrado profissional em Filosofia e Ensino, vem do colegiado de Filosofia do nível médio. Os professores do curso atuam no ensino de Filosofia no nível médio, portanto, eles têm uma experiência e uma contribuição a dar muito diferenciada das de um professor que está em uma universidade.
“A pós-graduação do Cefet/RJ
está em uma posição muito favorável
para contribuir para o objetivo da Capes
de melhorar o ensino básico”
#CEFET_RJ – Como essa linha de atuação pode contribuir para o desenvolvimento da área de pesquisa e pós-graduação no Brasil?
Pacheco – Essa forma de atuação está em consonância com as ações do governo federal. No XXXI Encontro Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Enprop), realizado entre os dias 18 e 20 de novembro, um dos pontos levantados como ação para o futuro foi a contribuição da pós-graduação para melhorar o ensino básico. Isso é importante para a Capes, tanto que ela criou a Diretoria de Formação de Professores da Educação Básica. O Cefet/RJ certamente está em uma posição bastante favorável para contribuir para esse objetivo, pois nós já fazemos isso. Os cursos de pós-graduação que têm o envolvimento dos professores do nível médio certamente poderão ajudar a melhorar o ensino médio. Além do mestrado em Filosofia e Ensino, temos outros cursos com essa característica, como o mestrado em Ensino de Ciências e Matemática e o mestrado em Relações Étnico-Raciais, criado por professores de ensino médio das áreas de Sociologia, História, Geografia, Letras.
#CEFET_RJ – Essa é uma característica dos programas de pós-graduação mais novos?
Pacheco – Os programas de pós-graduação tradicionais do Cefet/RJ são na área de Engenharia. Nos últimos anos, a criação de novos cursos está associada a um grande crescimento em outras áreas do saber, que dão sustentação ao projeto de transformação em universidade. Estamos aproveitando todos os recursos humanos existentes, de professores com competência, na construção de novos programas de pós-graduação.
#CEFET_RJ – Para a transformação em universidade, é necessário que o Cefet/RJ possua cursos nas diferentes áreas do saber?
Pacheco – A principal característica de uma universidade, atualmente, está associada a indicadores, que o Cefet/RJ já possui. No nível da pós-graduação, são necessários quatro cursos de mestrado e dois de doutorado. Atualmente, temos oito programas de pós-graduação, com sete cursos de mestrado e dois de doutorado. Além disso, temos mais dois projetos de doutorado e um de mestrado sendo analisados pela Capes. A chegada de novos docentes, nos últimos anos, está auxiliando muito na verticalização, no crescimento e também na diversificação das áreas abrangidas pela pós-graduação.
#CEFET_RJ – Os novos professores possuem uma forte vocação para a pesquisa?
Pacheco – Nas últimas contratações, a Direção-Geral tem feito um trabalho de levantamento das necessidades, em função do planejamento do crescimento institucional. Nos últimos concursos, a pós-graduação estabeleceu algumas demandas relacionadas a docentes, para a manutenção e o crescimento dos programas. Alguns docentes foram contratados com perfil para atuação na pós-graduação, mas sempre respeitando a alocação deles no ensino médio/técnico ou na graduação.
#CEFET_RJ – Quanto aos cursos lato sensu, que papel eles cumprem na instituição atualmente?
Pacheco – Além de sua função na transmissão de conhecimentos para a sociedade, os cursos lato sensu têm auxiliado na nucleação de programas de pós-graduação. O mestrado em Filosofia e Ensino é o desdobramento de um curso de lato sensu. Os professores mantiveram o curso lato sensu e criaram o stricto sensu. O mestrado em Relações Étnico-Raciais foi o primeiro que começou como lato sensu e depois se transformou em stricto sensu.
Eletronuclear investirá mais de R$ 9 milhões no campus Angra dos Reis
O campus Angra dos Reis ganhará nova estrutura com o convênio de R$ 9,496 milhões assinado entre a instituição e a Eletrobras Eletronuclear. O investimento será destinado à aquisição de equipamentos, mobiliários e acervo para a biblioteca.
Os recursos serão utilizados principalmente para equipar laboratórios dos cinco cursos oferecidos pelo campus. Serão beneficiados 18 laboratórios, vinculados ao curso técnico em Mecânica, às graduações em Engenharia Mecânica, Engenharia Metalúrgica e Engenharia Elétrica e à pós-graduação em Engenharia Mecânica e Eficiência Energética.
O convênio terá vigência de 36 meses e será executado em três etapas, com a liberação anual de uma parcela correspondente a aproximadamente um terço do recurso total. De acordo com o diretor do campus, Tiago Siman, a primeira etapa priorizará os laboratórios dos cursos que estão em funcionamento há mais tempo e cujas aulas práticas já estão em fase de oferta.
Na avaliação do diretor, o convênio ajudará a “consolidar cursos de graduação na cidade de Angra dos Reis e entorno. Atualmente, a região possui cerca de 500 ou 600 alunos nesse nível de ensino, quando deveria ter aproximadamente 6 mil”.
O aporte de recursos realizado pela Eletrobras Eletronuclear visa ao cumprimento das condicionantes da licença de operação da empresa expedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A empresa precisa investir R$ 484 milhões na região, em projetos de entidades parceiras, em áreas como meio ambiente, defesa civil, educação, atividades econômicas, saúde, saneamento e cultura. Apesar disso, os projetos apresentados desde 2008 somam apenas R$ 143 milhões.
“O meio acadêmico é extremamente importante para nós. Estar ligado ao Cefet/RJ significa, para uma empresa como a Eletronuclear, ter pessoas gabaritadas para apresentar um projeto com todos os itens essenciais – escopo, valor e tempo definido”, afirma o coordenador de Responsabilidade Socioambiental e Comunicação da Eletronuclear, Paulo Gonçalves.
Aluno do Cefet/RJ será Jovem Embaixador do Brasil nos Estados Unidos
Estudante foi um dos 50 selecionados para participar do programa da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil
Reuniões com autoridades do governo norte-americano e líderes de organizações não governamentais, visitas a escolas e projetos sociais e atividades de voluntariado são parte da agenda que o aluno do segundo ano do curso técnico integrado em Telecomunicações Guilherme Coutinho cumprirá em Washington entre os dias 8 e 31 de janeiro. O estudante foi um dos 50 selecionados para participar do programa Jovens Embaixadores, iniciativa de responsabilidade social da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.
O programa é direcionado a alunos do ensino médio da rede pública brasileira com excelente desempenho escolar e fluência em Inglês, que pertençam à camada socioeconômica menos favorecida, possuam perfil de liderança e tenham envolvimento com atividades de responsabilidade social ou voluntariado por, no mínimo, 12 meses. Este ano, foram mais de 13 mil inscritos.
O desempenho escolar é aferido por meio do histórico e de uma carta de recomendação escrita por um docente. Responsável pela indicação de Guilherme, a professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira Kátia Rebello conta que, ao ser procurada pelo estudante para redigir o documento, não pensou duas vezes. "Guilherme é meu aluno desde 2014. Nessa ocasião, já demonstrava engajamento no processo ensino-aprendizagem e senso de liderança. Ao longo de 2015, reiterou sua postura de jovem comprometido com os estudos e com a ação solidária”, afirma.
Como trabalho voluntário, Guilherme criou, em 2014, o projeto social independente Iniciativa Jovem, que visa disseminar a cultura do voluntariado no Rio de Janeiro, inserindo jovens cariocas e os incentivando a realizar ações sociais. “O projeto já conta com mais de 50 voluntários”, comemora.
em ação pelo projeto social Iniciativa Jovem
O estudante festeja também o resultado do programa Jovens Embaixadores. “É uma oportunidade única e a prova de que o esforço sempre é recompensado.” Além de representar o Brasil no exterior e conhecer uma nova cultura, Guilherme aproveitará os novos conhecimentos para aperfeiçoar sua atuação social. “É fundamental aplicarmos tudo o que vamos aprender lá em nossas comunidades e meios de convívio, pois a ideia é que a viagem não seja apenas um intercâmbio.”
Após a agenda prevista para ser cumprida em Washington, os Jovens Embaixadores viajarão, em grupos, para diferentes cidades norte-americanas, onde serão recebidos por famílias locais. A agenda dessa segunda etapa ainda não foi divulgada.
Congresso projeta campus Angra dos Reis no cenário internacional de pesquisa
Docentes do campus Angra dos Reis irão se integrar a redes de pesquisa internacionais nas áreas de Bioenergia e Biocombustíveis, com a Universidade de São Paulo em Lorena (USP-Lorena) e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), de Meio Ambiente, com a Universidade de Lisboa (ULISBOA), e de Empreendedorismo e Inovação, com a Universidade Autônoma do México (UNAM). Os acordos iniciaram durante o I Congresso Ibero-americano de Empreendedorismo, Energia, Meio Ambiente e Tecnologia (I CIEEMAT), realizado em Angra dos Reis no mês de novembro.
Serão beneficiadas todas as áreas abrangidas pelo Grupo de Pesquisa em Empreendedorismo, Energia, Meio Ambiente e Tecnologia (GEEMAT), responsável pela organização do congresso. Na avaliação do líder do grupo, Ronney Mancebo, “a oportunidade de realizar os acordos coloca o Cefet/RJ em um patamar de prestígio nacional e internacional nas áreas de ciência e tecnologia inseridas nos setores energético e ambiental. Isso traz oportunidades para o desenvolvimento de qualidade nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, para os cursos técnicos, de graduação e pós-graduação existentes no campus e também para o mestrado e o doutorado futuros”.
A inserção internacional do campus também se encontra em consonância com o projeto de transformação do Cefet/RJ em universidade. Como enfatiza a assessora de convênios e relações internacionais, Ângela Norte, a internacionalização é considerada uma importante frente de atuação na área do ensino superior. “Sem a internacionalização, uma universidade não consegue boa classificação”, afirma.
Congresso Ibero-americano
O I CIEEMAT foi realizado entre os dias 18 e 20 de novembro, em Angra dos Reis, com o propósito de promover a troca de experiências sobre tecnologias energética e ambientalmente sustentáveis e metodologias de análise de operação e planejamento de sistemas energéticos. A programação contou com palestras e papers de profissionais e pesquisadores ibero-americanos de renomadas instituições tecnológicas, como a Eletrobras Eletronuclear, e de ensino, como a USP e a Universidade de Lisboa.
Durante o congresso, a assessora de convênios e relações internacionais traçou um panorama sobre os processos de internacionalização do Cefet/RJ. De acordo com Ângela Norte, a instituição possui uma importante presença internacional. “Temos professores fazendo pesquisas em praticamente todo o mundo. Só a região da Ásia ainda não está muito bem coberta, até pela questão da língua”. As pesquisas envolvem universidades nacionais e internacionais, bem como empresas.
Artigo é premiado como o melhor da área de Gestão Estratégica e Organizacional
O melhor trabalho da área de Gestão Estratégica e Organizacional do XXII Simpósio de Engenharia de Produção (XXII SIMPEP) é de autoria de dois docentes e um pós-graduando do Cefet/RJ. O professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas (PPPRO) Augusto Reis, o professor de Administração do campus Nova Friburgo Alexandre Guimarães e o mestrando do PPPRO Gustavo Stender foram premiados pelo artigo “Aplicação de Hoshin Kanri no Planejamento Estratégico da Incubadora do Cefet/RJ”.
O trabalho aborda o novo planejamento estratégico desenvolvido para que a Incubadora de Empresas Tecnológicas do Cefet/RJ (IETEC) seguisse novos rumos, ampliando sua área de atuação para além do ramo tecnológico. “A mudança permitiu a aplicação do método japonês Hoshin Karin, que gera o desdobramento das metas, direcionando a estratégia da alta direção a todos os envolvidos no processo, inclusive nas atividades de rotina”, explica o professor Augusto Reis.
De acordo com o docente, a aplicação do método japonês abre novas possibilidades para o período de 2015 a 2016, com a adequação e a elaboração de novas estratégias e metas, que permitem acompanhar a mudança do cenário econômico e a necessidade de expansão da incubadora para os campi do Cefet/RJ existentes em outras cidades do estado do Rio de Janeiro.
Como proposta de padronização organizacional, o trabalho também sugere que o método Hoshin Karin seja adotado pelas empresas em processo de pré-incubação, em todas as etapas envolvidas no processo de planejamento estratégico.
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