Informativo Eletrônico - Julho de 2016
- Alunos participam da transmissão mundial dos Jogos Olímpicos
- Bacharelado em Engenharia Ambiental é novo curso superior do Cefet/RJ
- Enactus Cefet/RJ conquista prêmios nacionais
- Pós-graduação em Engenharia de Produção e Sistemas realiza pesquisa em parceira com o Hospital Federal do Andaraí
- Estudantes criam modelo diplomático para escolas públicas
Alunos participam da transmissão mundial dos Jogos Olímpicos
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Por trás das imagens da Olimpíada Rio 2016, há o trabalho de 222 alunos do Cefet/RJ. Os estudantes integram a equipe de transmissão dos Jogos Olímpicos pelo Programa de Capacitação em Transmissão Televisiva (BTP, do inglês Broadcast Training Programme) da Olympic Broadcasting Services (OBS), organização internacional responsável pela geração e distribuição de imagens e áudios às emissoras de rádio e televisão de todo o mundo.
“Quando assisto à transmissão da Rio 2016, sempre lembro que existe a participação do Cefet/RJ, através dos nossos alunos contratados pela OBS. Tenho certeza de que, para eles, mais que um emprego, participar e contribuir com a Olimpíada representa uma grande experiência de vida. É gratificante constatar que o Cefet/RJ contribuiu para esse legado olímpico”, declara o vice-diretor da instituição, Mauricio Motta.
O programa de treinamento da OBS capacitou cerca de 1.700 universitários de instituições públicas de ensino do Rio de Janeiro e selecionou 1.224 para exercer 12 funções na Olimpíada, relacionadas às áreas tecnológica, administrativa e de suporte. O Cefet/RJ foi uma das cinco instituições de ensino que atuaram como centro de treinamento.
A aluna Lorrayne Duarte, do curso de Engenharia de Produção do campus Maracanã, foi capacitada para atuar como agente de suporte às emissoras. Escolhida para trabalhar no Escritório de Informação e Radiodifusão do Centro Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca, Lorrayne presta auxílio aos radiodifusores em suas demandas de informação e produção, inclusive na realização de entrevistas ao vivo. “É uma experiência de aprendizagem diferenciada, além da possibilidade de conhecer novas culturas”, comenta.
No Centro Internacional de Transmissão instalado em Brasília, o estudante Pedro Tavares, do curso de Engenharia de Automação do campus Maracanã, coordena a instalação do equipamento que gera os resultados gráficos da competição e provê apoio técnico ao operador gráfico durante os jogos. “A participação na Olimpíada pelo programa de treinamento da OBS está ampliando meu horizonte sobre as possíveis áreas de atuação profissional e está me proporcionando uma visão prática do conteúdo aprendido em sala de aula”, avalia.
Durante os 17 dias de Olimpíada, a OBS estima produzir 600 horas de cobertura, que serão distribuídas para 150 emissoras de diversos países.
Bacharelado em Engenharia Ambiental é novo curso superior do Cefet/RJ
Curso reforça tradição do Cefet/RJ na área de Engenharia |
O campus Maracanã inicia, neste semestre, um novo curso de graduação: o bacharelado em Engenharia Ambiental. Em alta no mercado de trabalho, a formação reforça a tradição do Cefet/RJ no ensino de Engenharia. “A criação do curso é um importante avanço institucional. A crescente preocupação com o desenvolvimento sustentável torna o novo bacharelado uma especialidade fundamental em nossa variada oferta de ensino na área de Engenharia”, afirma o diretor-geral Carlos Henrique Figueiredo Alves.
“Acreditamos que o curso será um sucesso”, avalia o vice-diretor, Mauricio Saldanha Motta, adotando por base a nota de corte do processo seletivo, superior a 700 pontos na disputa por ampla concorrência. “Esperamos que a razão de ser do curso, já sinalizada por esse dado, seja confirmada com o alto desempenho dos estudantes”.
A diretora de Ensino, Gisele Vieira, enfatiza o papel a ser desempenhado pelos estudantes na construção do novo curso. “Todo curso é uma construção que envolve o projeto pedagógico, o corpo docente e o corpo discente. O projeto do novo bacharelado foi muito bem construído, a equipe docente é bastante qualificada. Os alunos demonstraram um brilhantismo na seleção que, esperamos, repita-se durante o curso e as avaliações do ensino superior, como o Enade”.
O novo bacharelado tem entrada semestral e oferta 25 vagas por turma. O curso é presencial, com carga horária distribuída nos períodos vespertino e noturno. O período mínimo de integralização é de cinco anos e, o máximo, de nove.
“O engenheiro ambiental é capacitado para planejar, executar e gerenciar projetos e atividades voltados para a preservação da natureza e de seus recursos, desenvolvendo e aplicando ações tecnológicas destinadas a proteger o ambiente dos danos causados pela crescente ação humana”, explica a coordenadora do curso, Maria Cristina José Soares. O profissional da área pode atuar como consultor, coordenador ou membro de equipes de projetos ambientais, empreendedor ou pesquisador.
Enactus Cefet/RJ conquista prêmios nacionais
Time Enactus Cefet/RJ comemora premiação na competição nacional |
O time Enactus Cefet/RJ conquistou o segundo lugar do Campeonato Nacional Enactus Brasil 2016 com a apresentação do Projeto Gaia, cujo objetivo é levar aos pequenos produtores a possibilidade de uma nova forma de comércio baseada na Economia Colaborativa. No total, 86 equipes participaram do campeonato. “Somos referência no país e estamos muito contentes com a premiação, pois é mais um incentivo para o nosso trabalho”, destaca Yago Rodrigues, presidente do time e aluno do curso de Engenharia Mecânica do Cefet/RJ.
Além dessa conquista no campeonato nacional, a equipe obteve o primeiro lugar na Liga 5 e o segundo lugar no Prêmio Fundação Cargil Universidades. Essa premiação vai garantir R$ 4 mil para investimento no Projeto Fragata, realizado em uma comunidade de pescadores no município fluminense de São João da Barra. “Esse projeto visa, através do planejamento da cooperativa e do beneficiamento do pescado, evitar o desperdício, garantir melhor renda e empoderar a comunidade de pescadores, especialmente as mulheres”, explica o presidente do time Enactus Cefet/RJ.
O Programa Enactus, criado em 1975, está presente em cerca de 1.500 universidades de 39 países e, no Brasil, atua em 15 estados. Seu principal objetivo é desenvolver projetos de alto impacto através das melhores práticas de empreendedorismo social. No Cefet/RJ, a equipe foi formada em 2002 por estudantes e professores de graduação. O destaque do time Enactus Cefet/RJ no cenário nacional é o resultado da conquista de vários prêmios na competição realizada anualmente pela Enactus Brasil, já tendo sido campeão nacional três vezes e representado o país no exterior.
O Projeto Gaia, que existe há quatro meses, vincula-se ao campo da Economia Colaborativa. Segundo Yago Rodrigues, esse projeto está desenvolvendo uma nova forma de mercado entre produtores e consumidores. “Mostramos aos produtores uma realidade de mercado diferenciada e que visa aumentar o lucro deles, já que remove a possibilidade da ação de intermediários”, ressalta.
A apresentação do time Enactus Cefet/RJ aconteceu, em julho, no centro de eventos do Ceará, em Fortaleza.
Clique na imagem para ver a apresentação
Pós-graduação em Engenharia de Produção e Sistemas realiza pesquisa em parceira com o Hospital Federal do Andaraí
Da esquerda para a direita: Gabriel Neto (HFA) / Vinícius Martins (HFA) / Gustavo Stender / Prof. Augusto (Cefet/RJ) / Prof. Annibal Scavarda (UNIRIO) / Prof.ª Cristina de Souza (Cefet/RJ) / Andrea Ramos (HFA)
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Uma importante contribuição que o Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção e Sistemas (PPPRO) do Cefet/RJ pode oferecer para o país é realizar pesquisas acadêmicas que possuam relevância social, inovação e resultados práticos para as instituições parceiras. A avaliação é do professor Augusto da Cunha Reis, que atua nessa pós-graduação, na linha de pesquisa Métodos de Otimização e Problemas de Rede. “Trata-se, na verdade, de dar um retorno para a sociedade brasileira, produzindo trabalhos de pesquisa que contemplem o interesse público e que sejam da mais alta relevância não só para o Cefet/RJ, mas principalmente para os nossos parceiros”, enfatiza.
Um exemplo de pesquisa acadêmica que contemple o interesse público está demonstrado na dissertação “Lean Health Care: modelo de implantação da ferramenta kanban a um almoxarifado de um hospital federal no Rio de Janeiro”, defendida recentemente por Gustavo Henrique Cordeiro Stender no PPPRO do Cefet/RJ, sob orientação do professor Augusto Reis. O trabalho de mestrado foi realizado no almoxarifado do Hospital Federal do Andaraí (HFA), setor que possui um dos maiores centros de custo da instituição – cerca de 35% do orçamento total do hospital. “Em um hospital público, deve ser priorizada a realização de ações que visem melhorar o fluxo interno e, consequentemente, o atendimento à população; assim, uma gestão enxuta hospitalar, ou lean health care, traz técnicas e ferramentas que permitem aumentar o valor agregado das atividades realizadas, eliminando aquelas que não são essenciais”, ressalta Stender.
O professor Augusto destaca a importância do convênio entre o Cefet/RJ e o HFA para que alunos do mestrado em Engenharia de Produção realizem pesquisa no hospital. “São duas instituições públicas que firmaram uma parceria inovadora reunindo as áreas da Educação e da Saúde; nessa soma de forças, o resultado final é um excelente retorno para o país e para a população que utiliza os serviços públicos hospitalares”, aponta o professor. A pesquisa de mestrado foi realizada no almoxarifado de materiais médicos do HFA e a utilização da ferramenta kanban se mostrou útil para um gerenciamento eficaz de estoque a fim de diminuir perdas. Para Gustavo Stender, não só os funcionários do almoxarifado e os gestores do hospital foram beneficiados pelos resultados práticos da pesquisa, mas, principalmente, os usuários do HFA. “O estudo propõe uma forma de se organizar a separação e entrega dos materiais de estoque para as diversas clínicas do hospital; ou seja, esse processo acaba permitindo que o paciente permaneça o menor tempo possível nas dependências do hospital, já que pode ter todos os instrumentos necessários no local e momento corretos”, afirma Stender.
A dissertação foi defendida no último mês de junho e, além do orientador, a banca examinadora contou com as presenças dos professores Annibal José Roris Rodriguez Scavarda do Carmo, da UNIRIO, e Cristina Gomes de Souza, do Cefet/RJ. Também estiveram presentes o diretor-geral do HFA, Gabriel Neto; o diretor administrativo do hospital, Vinícius Martins; e a chefe do almoxarifado do hospital, Andrea Ramos.
Estudantes criam modelo diplomático para escolas públicas
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A iniciativa de alunos do ensino técnico levou à criação do primeiro modelo diplomático para escolas públicas do Rio de Janeiro. Batizado de Modow, o modelo consiste em uma simulação da atividade de organizações intergovernamentais como a ONU, na qual jovens estudantes representam diplomatas e chefes de Estado, participando do debate e da resolução de questões internacionais.
Com o lema “Incluir para transformar”, o Modow visa promover a integração entre os estudantes da rede pública de ensino. “Tivemos a preocupação de construir um modelo bem acessível. Enfocamos a inclusão, tanto em termos de representatividade das escolas públicas quanto das minorias políticas. Além disso, à diferença de modelos diplomáticos de outras instituições de ensino da cidade, não cobramos nenhuma taxa de participação”, explica a estudante do curso técnico em Administração e secretária-geral do Modow, Carolina Miller.
A professora de Geografia Regina Peres, responsável pelo apoio institucional ao evento, destaca o protagonismo dos estudantes na concepção e na concretização do modelo. “Uma importante característica do Cefet/RJ é permitir que os estudantes sejam ativos, tenham autonomia para propor atividades. É uma mudança muito positiva na concepção do aluno”, avalia.
Na edição deste ano, o Modow abrigou três comitês sobre temas atuais: o Conselho de Direitos Humanos, voltado para o debate sobre o abuso de autoridade e violência policial; o Conselho Europeu, com enfoque sobre a crise na zona do euro; e o comitê Cidades e Governos Locais Unidos, relacionado ao tema das favelas e da exclusão social nos grandes centros urbanos.
Veículos nacionais e internacional de mídia também foram representados no Modow |
O evento também incluiu o Conselho de Segurança Histórico, que simulou as discussões sobre a retirada das tropas norte-americanas do território do Vietnã, em 1968, e uma réplica da Terceira Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, responsável pela elaboração do Protocolo de Kyoto em 1997. Também foi criado um setor de imprensa para representar a cobertura das atividades diplomáticas realizada por veículos de comunicação reais.
A estudante Gabriela Nascimento, do curso técnico em Administração do Cefet/RJ, participou do Conselho de Direitos Humanos como representante da organização não governamental Human Rights Watch. “É um ótimo exercício, ainda mais para quem pretende seguir carreira diplomática, como eu”, comenta.
A ideia de integrar os estudantes das escolas públicas foi bem recebida por Gabriel Ribeiro, aluno do campus Engenho Novo do Colégio Pedro II. “Há alunos, como os do Pedro II da Tijuca e do Cefet/RJ do Maracanã que se cruzam diariamente, mas nunca haviam tido uma oportunidade de interação como essa”, observa. Para Gabriel, que participou como delegado da Índia na conferência sobre mudanças climáticas, espaços como esse podem gerar uma integração ainda mais ampla. “Vejo essa interlocução como a possibilidade de alavancar o movimento estudantil.”
O Modow 2016 foi realizado entre os dias 26 e 29 de julho. Participaram do evento 175 estudantes de nove escolas públicas, federais e estaduais: Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Colégio Pedro II, Colégio de Aplicação da UFRJ (CAp UFRJ), Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp Uerj), Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch, Colégio Estadual Professor João Salim Miguel, Colégio Estadual Amaro Cavalcanti, Colégio Estadual Círculo Operário.
Visite o site do Modow para saber mais sobre o modelo diplomático.
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