Informativo Eletrônico - Especial Centenário
- Cefet/RJ chega ao centenário como centro de excelência em educação
- Crescimento com qualidade marca 51 anos de ensino superior
- Pós-graduação stricto sensu completa 25 anos, com projetos de cursos para o interior
- Centenário contará com programação ao longo de 2017
Cefet/RJ chega ao centenário como centro de excelência em educação
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De escola de artes e ofícios a centro de excelência nos ensinos técnico e superior, à frente de pesquisas inovadoras em educação tecnológica. Assim pode ser resumida a trajetória do Cefet/RJ ao completar cem anos. A instituição, fundada em 1917 para formar mestres e contramestres para as escolas profissionais, cresceu e se transformou gradativamente ao longo da história até chegar à atual configuração, com a oferta de ensino desde o nível médio/técnico até a pós-graduação stricto sensu.
“Esse é o grande diferencial do Cefet/RJ. O aluno pode ingressar no ensino médio/técnico e continuar na mesma instituição até o doutorado. Desde o nível técnico, ele tem a oportunidade de trabalhar em um laboratório, seja em projetos de estágio, seja em iniciação científica, compartilhando o mesmo espaço com discentes e docentes da graduação e da pós-graduação”, enfatiza o diretor-geral, Carlos Henrique Figueiredo Alves.
Além de atuar nos três níveis de ensino, a instituição vem se expandindo com a diversificação das áreas do saber. Aos tradicionais cursos do eixo tecnológico, somam-se, recentemente, ofertas educacionais nas áreas de Ciências Humanas e Sociais, como o bacharelado em Línguas Estrangeiras Aplicadas às Negociações Internacionais e os cursos de mestrado em Relações Étnico-raciais e Filosofia e Ensino.
“O grande desafio institucional é consolidar todos esses avanços”, avalia o diretor-geral. “Espero que o centenário seja um momento de reflexão, de olhar interno. Precisamos promover uma discussão acadêmica com vistas à elaboração de um projeto pedagógico inovador, que dê continuidade a esse nosso mecanismo acadêmico diferenciado, aperfeiçoando-o. O momento é adequado para isso”, afirma.
O Cefet/RJ chega ao centenário com uma estrutura composta por oito campi: a sede, localizada no bairro Maracanã; o campus Maria da Graça, também instalado na cidade do Rio de Janeiro, no bairro de mesmo nome; os campi dos municípios de Petrópolis, Nova Iguaçu, Nova Friburgo, Itaguaí, Valença e Angra dos Reis. Com essa estrutura, a instituição oferta 41 cursos técnicos, 30 cursos superiores, 8 mestrados e 4 doutorados, na região metropolitana e no interior do estado do Rio de Janeiro.
Uma história de transformações
O início das atividades da instituição ora denominada Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ) está vinculado à origem do ensino profissionalizante, que remonta ao ano de 1909, quando o presidente Nilo Peçanha decretou a criação de Escolas de Aprendizes Artífices nas capitais dos estados. Situada no Rio de Janeiro, a instituição teve essa vocação definida em 1917, com a criação da Escola Normal de Artes e Ofícios Wenceslau Braz, destinada a formar professores, mestres e contramestres para o ensino profissional.
As demandas geradas pelo desenvolvimento de um núcleo urbano-industrial no Brasil, a partir da década de 1930, conduziram à reforma da educação brasileira, em todos os níveis. Nesse contexto, a escola de artes e ofícios foi transformada em Escola Técnica Nacional (ETN), inaugurada oficialmente em 1944, e passou a atuar na formação de profissionais especializados para a indústria, ofertando cursos industriais básicos (correspondentes, em termos de nível de ensino, ao segundo ciclo do ensino fundamental) e cursos industriais técnicos (correspondentes ao ensino médio).
Inauguração oficial da Escola Técnica Nacional, em 7 de outubro de 1944
Na década de 1960, a instituição ainda recebeu outras denominações – em 1965, passou a se chamar Escola Técnica Federal da Guanabara e, em 1967, Escola Técnica Federal Celso Suckow da Fonseca. Nesse período, a instituição começou a reduzir, gradativamente, os cursos de nível industrial básico, até deixar de ofertá-los. Em 1966, iniciou a implantação, em convênio com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, de cursos de nível superior de curta duração na área de Engenharia de Operação, para o atendimento das demandas industriais.
Foi essa escola que se transformou em Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, no dia 30 de junho de 1978. Em conformidade com a Lei no 6.545, que rege a instituição, o Cefet/RJ foi elevado ao status de instituição de educação superior, devendo atuar também na oferta de cursos de graduação e pós-graduação, em atividades de extensão e na realização de pesquisas na área tecnológica.
No final da década de 1970, a instituição se transformou em Cefet/RJ, consolidando a atuação na oferta de ensino superior
Aliando a tradição do ensino técnico à formação nos níveis de graduação e pós-graduação, o Cefet/RJ se expandiu física e academicamente. Atualmente, a instituição conta com um campus-sede (Maracanã) e mais sete campi: um em Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense; um em Maria da Graça, bairro da cidade do Rio de Janeiro; e outros campi nos municípios de Petrópolis, Nova Friburgo, Itaguaí, Valença e Angra dos Reis.
Crescimento com qualidade marca 51 anos de ensino superior
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“As recentes avaliações do Ministério da Educação (MEC) comprovam que crescemos levando ensino de qualidade para o interior do estado e conquistando posições de destaque entre as instituições de ensino superior do país.” A análise, feita pela diretora de Ensino, Gisele Vieira, marca a comemoração do aniversário de 51 anos da graduação do Cefet/RJ.
Gisele enfatiza que o ano de 2017 começou com a conquista da nota máxima no Enade pelo curso de Administração do campus Maracanã. O resultado foi o mesmo da penúltima edição do exame, quando foram avaliadas as licenciaturas em Física dos campi Nova Friburgo e Petrópolis. A diretora também menciona as últimas 16 avaliações de cursos superiores – série histórica iniciada no ano de 2008, considerando os novos moldes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) –, nas quais o Cefet/RJ obteve onze conceitos 4 e cinco conceitos 3, em uma escala que vai de 1 a 5.
Destacam-se, nesse cenário, os cursos mais novos, criados tanto na sede quanto nos campi do interior. “Já na primeira avaliação, que reconhece o curso em nível nacional, muitos deles estão sendo avaliados com conceito 4, considerado muito bom. Isso comprova que estamos realizando um crescimento sustentável, criando cursos de qualidade”, afirma Gisele.
Entre os cursos mais antigos, que passam pelo processo de renovação do reconhecimento, a maioria também tem obtido conceito 4. Atualmente, nenhum curso de graduação do Cefet/RJ possui conceito 2. “Isso significa que todos eles atendem os critérios de qualidade estabelecidos pelo MEC”, enfatiza a diretora de Ensino.
O ensino superior no Cefet/RJ
O ensino superior foi implantado na instituição em 1966, quando ela ainda era denominada Escola Técnica Federal da Guanabara. Na época, foram criados cursos de curta duração em Engenharia de Operação: Engenharia de Operação Elétrica, Engenharia de Operação Eletrônica e Engenharia de Operação Mecânica. Os três eram oferecidos em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A transformação em Cefet/RJ e seu reconhecimento legal como instituição de ensino superior foram acompanhados por outras mudanças. Em 1979, os cursos de Engenharia de Operação cederam lugar aos bacharelados em Engenharia Industrial Mecânica e Engenharia Industrial Elétrica com ênfase em Eletrotécnica, Eletrônica e Telecomunicações, os dois com duração de cinco anos.
A partir de então, o ensino superior do Cefet/RJ passou por uma ampla expansão, com a criação de bacharelados, licenciaturas e cursos superiores de tecnologia. Atualmente, sete dos oito campi contam com cursos de graduação, em diferentes especialidades. No total, a instituição possui 33 cursos de nível superior e oferta mais de 5 mil vagas na região metropolitana e no interior do estado do Rio de Janeiro.
Pós-graduação stricto sensu completa 25 anos, com projetos de cursos para o interior
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A criação de cursos de mestrado e doutorado para atender o interior do estado do Rio de Janeiro é o principal objetivo traçado pela Diretoria de Pesquisa e Pós-graduação (DIPPG) ao completar 25 anos de ensino e pesquisa no nível stricto sensu. Dois projetos de curso de mestrado já estão em andamento: um em Nova Iguaçu, na área de Planejamento Urbano e Regional, e o outro no campus Angra dos Reis, em Ciências Ambientais.
“Ao contrário de São Paulo e Minas Gerais, que possuem uma oferta muito grande de pós-graduação stricto sensu fora da capital, no estado do Rio de Janeiro, a formação nesse nível de ensino está concentrada na região metropolitana. O objetivo do Cefet/RJ é suprir essa defasagem oferecendo formação no local, voltada, inclusive, para as particularidades regionais”, declara o diretor de Pesquisa e Pós-graduação, Pedro Manuel Pacheco.
Entre as ações adotadas para a concretização desse objetivo, destacam-se o incentivo à formação de grupos de pesquisa e à oferta de cursos lato sensu no interior. “Os grupos de pesquisa e os cursos lato sensu estimulam a formação de núcleos docentes, passo relevante para a criação de programas de pós-graduação. Tivemos experiências muito bem-sucedidas nesse sentido, no campus Maracanã, como os programas de pós-graduação em Relações Étnico-raciais e em Filosofia e Ensino, que também surgiram de cursos lato sensu”, esclarece.
A diretoria também tem incentivado a ampliação da iniciação científica, estimulado a realização de pesquisas por jovens doutores e investido na infraestrutura de pesquisa dos campi, para cumprir requisitos fundamentais à aprovação de programas de pós-graduação pela Capes. O incentivo ocorre por meio de editais de fomento, lançados anualmente pela instituição.
História
A pós-graduação stricto sensu surgiu no Cefet/RJ em 1992, com a oferta do mestrado acadêmico vinculado ao Programa de Pós-graduação em Tecnologia, que posteriormente passou a se chamar programa de Engenharia de Produção. O curso foi o único oferecido pela instituição, nesse nível de ensino, até 2003, ano em que foi criado o mestrado profissional em Ensino de Ciências e Matemática, voltado para a formação de docentes do ensino básico.
A partir de 2008, os cursos passaram por transformações. Grupos docentes vinculados ao mestrado acadêmico em Tecnologia criaram dois novos programas acadêmicos: em Engenharia Mecânica e Tecnologia de Materiais (2008) e em Engenharia Elétrica (2009). Do mestrado profissional em Ensino de Ciências e Matemática, também surgiu um novo programa: o de Ciência, Tecnologia e Educação (2010), de caráter acadêmico.
No ano de 2011, o crescimento da pós-graduação foi acompanhado por um salto qualitativo: a criação do primeiro curso de mestrado na área de Ciências Humanas, em Relações Étnico-raciais. Outro diferencial do período foi a criação do primeiro doutorado da instituição, em 2013, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Ciência, Tecnologia e Educação. No mesmo ano, o programa em Ensino de Ciências e Matemática encerrou as atividades.
Dois novos programas foram criados em 2015: o de Instrumentação e Óptica Aplicada, com a oferta de doutorado em associação com a UFF, e o de Filosofia e Ensino, responsável pelo primeiro mestrado profissional da área no país. Em 2016, foram iniciados dois cursos de doutorado: em Engenharia Mecânica e Tecnologia de Materiais e em Engenharia de Produção e Sistemas. Também houve a criação do programa acadêmico em Ciência da Computação, o primeiro a atingir plenamente a meta institucional de verticalização do ensino, com a integração entre os níveis técnico, superior e de pós-graduação.
Centenário contará com programação ao longo de 2017
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O Centenário do Cefet/RJ será comemorado ao longo de 2017, nos oito campi da instituição. A Comissão Organizadora da Comemoração do Centenário, instituída para planejar e organizar as festividades, está traçando um calendário com atividades comuns e específicas a cada campus. O primeiro evento, idealizado pelo Núcleo de Arte e Cultura (NAC), aconteceu no dia 23 de março, no campus Maria da Graça.
O evento integra o Projeto Curta o Circuito de Arte e Cultura, que prevê a realização, ao longo de 2017, de uma série de atrações artísticas e culturais nos diversos campi, para marcar os cem anos do Cefet/RJ. Em Maria da Graça, a programação incluiu apresentação musical, exibição de documentários, mesa-redonda e palestra.
A primeira atração a se apresentar em Maria da Graça foi a Orquestra Claudionor, grupo de música formado por servidores e alunos do campus. Logo após, aconteceu a Mostra de Documentários e o Projeto CineDebate exibiu o documentário “Cultura Total”, produzido pelos alunos da instituição em uma oficina do projeto. O evento continuou com a mesa-redonda envolvendo a professora Adriana Facina, do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social/Museu Nacional/UFRJ, e os diretores do filme. A programação encerrou com a palestra “O Gênero na Imagem”, ministrada pela fotógrafa e jornalista Camilla Shaw.
A próxima edição do projeto Curta o Circuito ocorre no dia 29 de abril, em Nova Iguaçu. A ela deve se juntar uma turnê histórico-cultural, que também percorrerá os campi, para exibir vídeos sobre a história da instituição em um ambiente imersivo.
Outros eventos em fase de planejamento são o lançamento de uma medalha comemorativa do centenário, que está sendo cunhada pela Casa da Moeda para compor o catálogo de colecionadores; a publicação de um livro histórico-fotográfico sobre a instituição; a realização dos Jogos Intercampi e a promoção de uma corrida de rua.
Marco do centenário
A abertura das comemorações do Centenário foi oficializada com a instalação de adesivos vinílicos na entrada de todos os campi, no início do ano letivo. “A intenção foi causar um impacto inicial, chamando a atenção de toda a comunidade do Cefet/RJ”, explica o vice-diretor da instituição e presidente da comissão, Mauricio Saldanha Motta. A ação contou com o apoio da Associação dos Servidores do Cefet/RJ (ASSER). “Agradecemos o envolvimento da associação neste momento tão especial de nossa história”, retribui o vice-diretor.
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Vice-Direção:
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