Cefet/RJ campus Petrópolis é vencedor do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade
Turismo astronômico como alternativa ao turismo em áreas protegidas, do Cefet/RJ campus Petrópolis, foi vencedor do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade, na categoria Projetos Inovadores. A cerimônia de premiação foi realizada na segunda-feira, dia 30 de outubro, em Foz do Iguaçu, pela Associação Brasileira de Operadoras de Turismo (Braztoa).
Os vencedores do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade 2017. O professor Marcelo Porretti representou o Cefet/RJ campus Petrópolis na premiação. (Fotos: Braztoa)
O Prêmio busca destacar, em âmbito nacional, as melhores iniciativas sustentáveis na área de turismo, incentivando assim o negócio sustentável – que gera benefícios para a sociedade, reduz o impacto ambiental e produz lucros. O projeto do campus Petrópolis – que é fruto do trabalho do grupo Turistando, formado pelos docentes Roberta Dalvo, Marcelo Porretti e Fernando Pessoa e por alunos do curso de Turismo – organiza expedições com o público interno para a visitação e a contemplação de corpos celestes nos Castelos do Açu, em Petrópolis. A região, que fica a 2.245 metros de altitude, faz parte do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. A sua altitude e distância dos centros urbanos criam boas condições para a observação celeste.
Ainda em fase piloto, o projeto nasceu no início de 2017 com o objetivo de fortalecer o turismo astronômico por meio do curso de Bacharelado em Turismo oferecido pela unidade. “O prêmio é um reconhecimento importante para o nosso trabalho, que vem sendo desenvolvido por uma equipe dedicada e que se complementa. Fernando é geógrafo, Marcelo trabalha com turismo de aventura e eu, com gestão ambiental. Além disso, é ótimo para apresentar a nossa instituição como inovadora na área do turismo”, destaca Roberta Dalvo.
Luana Pitzer, Daylane Pereira, Vitor Victorino e Paloma Andrade são os alunos de Bacharelado em Turismo do campus Petrópolis que fazem parte do projeto.
Ganhando adeptos no mundo todo, o turismo astronômico ainda é pouco conhecido no Brasil. Esta nova prática caracteriza-se pela contemplação de estrelas e corpos celestes ou de fenômenos pontuais, como eclipses ou chuva de meteoros, em locais mais afastados da poluição luminosa ou atmosférica da cidade.
“O turismo astronômico tem se firmado como alternativa sustentável para lugares pouco habitados, áreas chamadas de zonas escuras”, ressalta Marcelo Porretti. O projeto foi então pensado em consonância com as propostas da International Dark-Sky Association (IDA), organização que se dedica à preservação da iluminação natural de áreas com pouca densidade urbana e certifica esses locais com potencial de contemplação astronômica como dark-sky places. Os próximos passos da iniciativa é buscar recursos e parcerias para sua expansão para a comunidade externa e também a certificação da IDA, que seria a primeira no Brasil.
Momento de observação celeste durante expedição do projeto aos Castelos do Açu (Fotos: Waldyr Neto)
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