Bienal do Livro: o poder e a importância da leitura
Informação. Cultura. Estudo. Prazer. Diversos são os motivos e os objetivos ao se iniciar uma leitura. E todos eles nos fazem mergulhar em um universo de letras, palavras, significados e sentidos. A leitura pode nos transportar para um mundo à parte ou nos fazer entender o mundo em que vivemos. Pode nos explicar ou até mesmo nos confundir momentaneamente. E pode, sobretudo, nos guiar à reflexão e ao conhecimento.
“Amo ler. Leitura é tudo! Você se liberta. Você consegue sair do seu mundinho e expandir, conhecer novos horizontes”, enfatizou Lucas Paiva, estudante do 2º ano do curso de Telecomunicações integrado ao ensino médio do Cefet/RJ campus Petrópolis. Lucas foi um dos 40 alunos do ensino médio integrado que participou de uma excursão à XIX Bienal do Livro no Rio de Janeiro no último dia 3 de setembro. Organizada pelos próprios alunos do 2º ano, em parceria com professores da instituição, a excursão também contou com discentes de outras turmas.
Alunos do ensino médio integrado no campus Petrópolis posam em frente ao grafite de Rafa Mon, na Bienal
Lucas é um verdadeiro entusiasta em relação à leitura. Mesmo com todas as demandas da escola, ele gosta de ler, no mínimo, um livro por mês. Além das obras de ficção, o estudante gosta de ler filosofia. “Às vezes, você chega a questões pessoais na sua vida, que se você se lembrar de questões filosóficas que você leu naquele livro, você consegue expandir, você consegue avançar na sua vida”, frisou.
Quem também é apaixonada por ler é Letícia Veloso, do 2º ano. Letícia, que chega a ler de dois a três livros por mês, disse ter comprado vários títulos na Bienal e que está ansiosa para ler todos. Para ela, a leitura é fundamental para se familiarizar ainda mais com a língua e para desenvolver a escrita. “Quanto mais você lê, melhor você escreve. Você vê mais as regras e aprende bem melhor questões de pontuação do texto. Você também adiciona palavras novas no seu vocabulário e acaba aprendendo a inserir essas palavras em determinados textos e determinados contextos”, destacou.
Excursão à Bienal do Livro
O entusiasmo de Lucas e de Letícia, junto com o de tantos outros colegas de classe, fez com que o grupo viabilizasse uma excursão ao maior evento literário do Brasil. Realizado entre 30 de agosto e 8 de setembro, a XIX Bienal do Livro recebeu mais de 600 mil visitantes, que compraram mais de 4 milhões de títulos.
Estande representa o DNA com uma pilha de livros na Bienal.
“Inegável em sua importância, a leitura é diversa e ainda muito chamadora de pessoas e de jovens estudantes”, afirmou Felipe Ferreira, professor de leitura e produção de textos do campus Petrópolis. Junto com a professora de Biologia Daniela Frey, Felipe acompanhou os alunos à Bienal e destacou a importância de incentivar os jovens e as pessoas em geral a ler. “É através da leitura que o jovem estudante ou qualquer pessoa da face da Terra chega ao conhecimento que deseja, ao conhecimento que importa, ao conhecimento que ela precisa obter...”, ressaltou.
Em suas aulas, Felipe busca despertar os alunos para uma leitura crítica sobre os textos que trabalha. O docente afirmou que é preciso adotar uma “postura não passiva diante dos fatos e das leituras que estão postas aí. Uma postura ativa, produtiva, não reprodutiva” e complementou: “os nossos estudantes já tem essa perspectiva de entenderem de que, uma vez que eles estão tendo contato com as mais diversas formas de textos – do artístico, imagético, ao livro clássico da literatura internacional – eles sabem que há um monte de coisa a ser trabalhada ali e porque que isso importa”.
Felipe elogiou a Bienal do Livro e como o evento literário tem acompanhado as transformações do mundo contemporâneo. “Os novos modos de ler, as novas maneiras de escrever ou se de ser autor estão sendo valorizadas”, apontou o docente ao comentar os inúmeros painéis e fundos próprios para tirar selfies e os estandes voltados para séries televisivas, filmes e produções da internet.
A Bienal vem trazendo, a cada edição, mais atrações do mundo audiovisual, que tem feito a alegria dos visitantes e dos fãs de séries e/ou filmes. Um exemplo é a saga Game of Thrones, série de televisão de sucesso internacional, que é baseada nos livros de George R. R. Martin. Felipe destacou a importância de o evento contemplar outras formas de leitura e de se aproximar do público jovem, que muitas vezes é despertado para o livro impresso a partir de uma obra televisiva. “Uma vez que a Bienal do Livro se rende a isso, no melhor sentido da palavra ‘se render’, a gente vê um significado grande nessa história”, completou.
Leitura: acesso livre a todos
Luciana Castro, bibliotecária do Cefet/RJ campus Petrópolis, se emocionou ao falar sobre a leitura e, principalmente, sobre o papel social das bibliotecas e dos acervos públicos, que oferecem a todo público o livre acesso e a oportunidade de ler um livro. “Falar de leitura, falar de incentivo à leitura sem citar os acervos públicos, das bibliotecas municipais, das bibliotecas estaduais e da biblioteca nacional, seria um erro. O principal acesso à leitura é feito através desses acervos”, afirmou.
Biblioteca do Cefet/RJ campus Petrópolis é aberta ao público externo
Responsável pela Biblioteca do campus Petrópolis, Luciana ressaltou que o espaço, que também é aberto ao público externo, tem ampliado cada vez mais o seu acervo de literatura de lazer. No início, a Biblioteca tinha um acervo específico das áreas de física, licenciatura e turismo para atender aos cursos de graduação do campus. Atualmente, entretanto, as comunidades interna e externa têm outras possibilidades de leitura. Confira o catálogo online em http://biblioteca.cefet-rj.br/.
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