Projetos inovadores são destaque do Clube de Tecnologia do campus Petrópolis
Dedicação, inovação e empreendedorismo. Essas são palavras que marcaram os projetos desenvolvidos por quinze participantes do Clube de Tecnologia do Cefet/RJ campus Petrópolis. Após quatro meses de curso de capacitação nas áreas de programação e eletrônica, os alunos criaram desde sites e aplicativos até sensores e protótipos modernos.
Luiz Fernando de Aguiar Filho mostra o funcionamento da maquete da casa com a Automação Residencial.
Luiz Fernando de Aguiar Filho, por exemplo, apresentou um projeto de automação residencial. A partir da plataforma de prototipagem Arduino, o estudante do 4º período de Engenharia de Computação do campus criou a maquete de uma casa com um servidor conectado à internet. Ao acessar a página web, por um celular ou computador, o usuário se depara com uma interface com botões, que, ao serem pressionados, enviam comandos ao Arduino. “Ao receber esses comandos, o Arduino realiza as ações pré-programadas, que são acender ou apagar as luzes e abrir o portão da garagem. Eu optei por fazer o projeto em uma escala reduzida para facilitar a visualização e entendimento do público, mas no futuro eu penso em implementá-lo na minha casa”, afirmou Luiz Fernando.
O aluno escolheu trabalhar com automação residencial por ser uma área que vem crescendo ultimamente por oferecer conforto, segurança e praticidade. “Ademais a automação residencial otimiza o tempo, algo que a maioria das pessoas busca, já que nós estamos cada vez mais correndo para dar conta das tarefas do cotidiano”, destacou.
Já a discente do 3º período de Licenciatura em Física do campus Petrópolis Juliana de Souza Ferreira buscou trabalhar com uma inovação tecnológica que fosse acessível para pessoas cegas. Sua proposta foi ao encontro da ideia da colega Stefany Lins e as duas criaram um sensor de obstáculos capaz de detectar objetos a longo alcance. Juliana contou que o sensor identifica objetos a partir de 10 centímetros, chegando até sete metros de distância. “O sensor envia informações para a placa Arduino e o motor vibra para o usuário de acordo com a distância, avisando se o obstáculo está mais perto ou mais longe e evitando colisões”, explicou.
O foco principal do projeto, segundo Juliana, foi a inclusão social das pessoas cegas na sociedade. Para ela, a iniciativa tem um impacto muito positivo por incentivar uma maior autonomia e independência de pessoas com deficiência visual. O objetivo da dupla agora é aperfeiçoar o projeto e desenvolver uma bengala com o sensor de obstáculos.
Sensor de obstáculos desenvolvido por Juliana e Stefany pode detectar objetos de 10cm a 7m de distância.
Outra ideia inovadora surgiu com Elton Leão da Fé, estudante do 3º período de Tecnologia da Informação da Faeterj, que desenvolveu um "Controlador JEDI” (Just an Efficient Device Integration). Com ele, o usuário consegue controlar o computador através de gestos com a mão captados por um giroscópio acoplado em uma luva. “O objetivo é aumentar a produtividade e melhorar a experiência do usuário no uso de computadores através de meios de manipulação cada vez mais naturais para o ser humano. Futuramente a mesma lógica poderá ser aplicada para o controle de casas inteligentes através de Internet das Coisas, e da mesma forma o usuário poderia controlar luzes, cortinas e a música com gestos pré-programados numa espécie de interface no ar”, ressaltou Elton.
Além dos três projetos citados acima, confira a lista dos outros trabalhos apresentados:
- Ana Carolina Bulla: Impressão 3D na biologia
- Kimberly Cabalini: Site experimentos
- Vinicius Martins: Tranca eletrônica
- Vitor Vicente: Site loja
- Mario Angonese: Espectrofotômetro baixo custo
- Isaac Rabello: Fechadura biométrica
- Guilherme da Conceição: Bicicleta ecológica
- Matheus dos Santos: Aparelho para fundir metais
- João Armando: Aplicativo cursos
- Patrick Ferreira: Impressão Pikachu 3D
- Larissa Botelho: Site filmes
Sobre o Clube de Tecnologia
Realizado de agosto a dezembro de 2019, o projeto de extensão Clube de Tecnologia buscou desenvolver uma cultura de produção de tecnologia e fomentar o empreendedorismo na cidade de Petrópolis. O curso foi organizado em três etapas: 1) curso introdutório na área de tecnologia, com aulas expositivas e dialógicas envolvendo diversos tópicos, como programação básica e aplicada, eletrotécnica, impressão 3D e empreendedorismo; 2) desenvolvimento de projetos pelos próprios alunos, orientados pelos professores e monitores do projeto; e 3) mostra de resultados dos projetos, realizada no dia 4 de dezembro.
Oferecido às quartas-feiras e aos sábados, o curso teve aulas ministradas pelos professores do campus Petrópolis Daniel Micha (coordenador do projeto), André Monteiro, Felipe Mondaini, Marco Aurélio Jucá, Marcelo Mascarenhas e Fernanda Duarte e aulas mediadas pelos monitores Matheus Couto e Leandro Baptista, estudantes de Licenciatura em Física da instituição.
“Eu gostei muito do curso, as aulas foram de grande importância e ajuda. O curso contribuiu bastante para minha vida e para minha formação como aluna de Licenciatura em Física, já que meu objetivo ao entrar no curso era aprender mais sobre essa área tecnológica”, afirmou Juliana. Luiz Fernando também enfatizou a importância dos conteúdos estudados para a sua formação e concluiu: “ter participado do clube da tecnologia foi uma ótima experiência. Se houver um Clube da Tecnologia 2.0, eu participarei com certeza”.
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