Etapas da CSS
As etapas a seguir foram desenvolvidas para a implementação do programa da COLETA SELETIVA SOLIDÁRIA - programa RECICLA CEFET/RJ - no campus Maracanã do CEFET/RJ , o que resultou em um Guia de Gerenciamento de Resíduos Recicláveis em uma instituição de ensino. <https://drive.google.com/file/d/1G1dUMyTFcIRN9D81xGx4FhuC4ypE_0Wr/view>
a) Formação de comissão – representação
Segundo o Portal da Coleta Seletiva Solidária, a formação da comissão ou representação da coleta seletiva é feita com a indicação de um representante responsável pela coordenação do projeto na localidade (unidade ou conjunto de unidades em um mesmo prédio ou complexo). Seguem algumas orientações para a formação das comissões:
- sondagem/pesquisa sobre o interesse do grupo relativo ao tema e à adesão ao projeto, identificando pessoas com perfil para auxiliar na sua execução;
- planejamento e organização de eventos de sensibilização e implantação do projeto;
- recebimento e disseminação de informações;
- monitoramento, avaliação e realimentação do projeto;
- interlocução com as cooperativas ou associações de catadores;
- interlocução junto ao Comitê Interministerial.
b) Realização de diagnóstico
De acordo com o PROGIRES (Programa de Gestão Integrada de Resíduos da UFRN) e com o Portal de Meio Ambiente, a realização do diagnóstico verifica-se por meio de nove etapas, nas quais ocorre o levantamento de dados sobre a situação da gestão dos resíduos da organização.
I – Elaboração de diagnóstico dos materiais e equipamentos geradores dos resíduos utilizados (máquinas de xerox, impressoras etc.), dos resíduos gerados na unidade, da logística do recolhimento e do envolvimento dos catadores (caso exista);
II - Levantamento da quantidade e dos tipos das impressoras utilizadas na unidade para averiguar a possibilidade de doar os cartuchos de tinta usados para os catadores;
III - Identificação do volume e dos recursos gastos na compra de materiais e na destinação dos resíduos pelo órgão;
IV - Levantamento dos principais materiais de consumo potencialmente recicláveis utilizados na unidade (papéis brancos e formulários diversos, plástico – copos descartáveis e cartuchos), lâmpadas, CDs, disquetes, sobras de obras de reforma e outros;
V - Tipos de resíduos gerados – recicláveis (escritório e copa: papel, cartucho, alumínio, vidro, plástico, lâmpadas, CDs, disquetes e sobras de reformas físicas), orgânicos e rejeitos (banheiro).
VI - Formas e locais de acondicionamento dos resíduos recicláveis e rejeitos;
VII - Fluxo e frequência do recolhimento, volume estimado por tipo (recicláveis rejeitos) e responsáveis pela coleta interna;
VIII - Destinação: para onde os resíduos são enviados e como é feita a coleta (coleta convencional da Prefeitura, catadores de rua, cooperativas, compradores de materiais recicláveis, comercialização pela própria unidade, doação a prestadores de serviços e outros);
IX - Identificação das cooperativas ou associações de catadores que atendem aos critérios estabelecidos no decreto. Sondar as cooperativas ou associações sobre o interesse/viabilidade e a capacidade de coletar os materiais selecionados.
Através do contato com os catadores, deve-se:
- realizar contatos com entidades apoiadoras de catadores para identificar cooperativas ou associações;
- selecionar cooperativa ou associação de catadores que se responsabilizará pela coleta dos materiais recicláveis; quando possível, visitá-la para conhecer a real estrutura e forma de trabalho;
- obedecer às regras burocráticas internas dos órgãos;
- marcar reunião com organizações de catadores;
- apresentar o resultado do diagnóstico (plano operacional / processo);
- estabelecer prazo para recebimento de propostas;
- definir escolha de propostas;
- habilitar formalmente associações e cooperativas, de acordo com o Termo de Compromisso previsto do Decreto nº 5.940/06.
c) Logística
Segundo o Portal da Coleta Seletiva Solidária, a etapa de logística tem como objetivo definir estratégias e adotar providências necessárias para a implantação da coleta seletiva na organização. A comissão é orientada para priorizar o início dos trabalhos com a separação de papéis.
a) Definição sobre os tipos de materiais recicláveis a serem selecionados, considerando:
- o diagnóstico elaborado com disponibilidades de locais de armazenamento;
- a logística de coleta possível;
- a possibilidade de absorção no mercado local (copinhos plásticos, CDs etc.);
- a capacidade da cooperativa ou associação de catadores para a coleta de determinados materiais, tendo em vista a especificidade do material ou a sua periculosidade em atenção às normas de segurança;
b) Definição do fluxo e frequência do recolhimento dos materiais recicláveis;
c) Definição da forma de escoamento do material reciclável;
d) Definição de locais para disposição de coletores para recolhimento de materiais: mesas de trabalho, ilhas de impressão, máquinas xerox, recepção e copa, dentre outros locais geradores de materiais recicláveis e fluxo de pessoas;
e) Definição de locais para armazenamento de materiais recicláveis recolhidos, separadamente, do lixo;
f) Definição de atribuições e tarefas específicas e rotinas necessárias: quem vai fazer o quê, quando e como nas diversas etapas da operacionalização do projeto – seleção, coleta, pesagem, controles, entrega dos materiais, medição etc.;
g) Definição de cronograma de implantação e execução;
h) Levantamento e solicitação de materiais e equipamentos necessários para operar a coleta seletiva: sacos plásticos ou coletores em cores diferenciadas, cestas/caixas de coleta de papel, coletores de copos descartáveis; fragmentadora de papéis sigilosos, balança para pesagem do material.
d) Sensibilização
De acordo com o passo a passo das etapas para a implementação da Coleta Seletiva Solidária e do Portal de Meio Ambiente, certas ações são necessárias para sensibilizar os atores envolvidos do Programa de Coleta Seletiva Solidária:
- planejamento do evento de lançamento da coleta seletiva – tipo de evento, data, convidados, material necessário e divulgação do lançamento do projeto para público interno e externo;
- processo de envolvimento dos servidores e funcionários da limpeza;
- viabilização de vídeos e palestras;
- distribuição de material de conscientização;
- realização de concursos culturais;
- utilização da comunicação interna como agente de sensibilização;
- apresentação dos resultados do diagnóstico aos funcionários, reforçando a importância da implementação do projeto na unidade e buscando a sua aceitação e adesão;
- definição de estratégias de sensibilização e mobilização da equipe interna (empregados, estagiários, prestadores de serviços, copeiras, faxineiras, porteiros, telefonistas, recepcionistas e outros);
- solicitação de material de comunicação a ser utilizado: cartazes, folders, boletins, cartilhas, vídeos etc.;
- realização de oficinas, palestras, mostras de vídeo, depoimentos de catadores e de funcionários de outras unidades com experiência na coleta seletiva, visitas a cooperativas de catadores e a aterros sanitários/lixões, apresentações lúdicas, divulgação na intranet, dentre outros.
e) Monitoramento e avaliação do processo
A etapa de monitoramento e avaliação do processo é considerada essencial para o bom andamento de qualquer projeto. O monitoramento possibilita a identificação de problemas, fazendo com que sejam criadas as soluções. A avaliação permite identificar pontos críticos e traz a resolução desses antes que interfiram no resultado final da implementação da Coleta Seletiva Solidária. São descritas algumas ações, segundo o Portal da Coleta Seletiva Solidária e o Portal de Meio Ambiente:
- vistorias periódicas para verificação do cumprimento das rotinas estabelecidas para a seleção, coleta e destinação dos materiais, observando os procedimentos requeridos para garantir o sigilo dos documentos, quando for o caso, e verificando eventuais focos de desperdícios;
- controle e registro do material selecionado e coletado;
- divulgação dos resultados do projeto para a equipe e para o Comitê Interministerial;
- identificação de facilitadores e “dificultadores” do processo e reformulação de estratégias, com redirecionamento das ações, quando necessário.
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