Cursos do Cefet/RJ impulsionam mulheres na área técnica
Em busca da realização profissional, muitas mulheres que optam pela carreira técnica conquistam espaço, reconhecimento e são bem-sucedidas. Um exemplo inspirador é o de Marisa Oliveira, que iniciou sua trajetória no curso técnico de Estradas do Cefet/RJ, na Unidade Maracanã, no início dos anos 90. Antes mesmo de concluir o curso, Marisa já recebia ofertas de emprego de várias empresas, evidenciando a alta demanda por profissionais qualificados. "O Cefet/RJ abriu as portas para tudo, não só para o conhecimento intelectual, mas também para o mercado de trabalho. Não conheço um aluno formado na área técnica pelo Cefet/RJ que esteja desempregado", afirma.
Atualmente, Marisa é gerente setorial de manutenção de faixa de dutos na Transpetro, empresa subsidiária da Petrobrás. Ela lidera uma equipe de 300 pessoas, das quais menos de 10% são mulheres, mas acredita que essa realidade está mudando. "Várias empresas estão lançando programas específicos para trazer mais mulheres para a Ciência e Tecnologia. As meninas que tiverem interesse nesse segmento devem acreditar no sonho e buscar uma rede de apoio", aconselha.
Formada no curso de Estradas do Cefet/RJ, Marisa Oliveira hoje é líder de equipe na Transpetro, empresa subsidiária da Petrobrás
O Relatório Anual Socioeconômico da Mulher, divulgado em abril pelo Ministério das Mulheres, mostrou que as mulheres superam os homens nas matrículas de cursos técnicos e profissionalizantes de nível médio, representando 58,2% dos inscritos em 2022. Apesar desse avanço, áreas como Eletrônica, Mecânica, Construção Civil e Automação ainda são dominadas por homens, devido a estereótipos de gênero e à falta de representatividade feminina.
Para Érica Aleixo, a jornada na área técnica foi repleta de desafios. Moradora de uma comunidade no Grajaú, Zona Norte do Rio, a jovem precisou superar problemas familiares e financeiros para não desistir do curso de Eletrotécnica no Cefet/RJ. Porém, sua paixão pela área a manteve firme. Uma das poucas mulheres na turma, Érica destacou-se com excelentes notas. "O Cefet/RJ não só me ensinou uma profissão, como me ensinou a ser alguém na vida. Tenho muito orgulho de ter estudado nessa instituição", comemora.
Recém-formada, Érica trabalha como operadora de sistema elétrico na Evoltz, empresa responsável por linhas de transmissão em 10 estados brasileiros. "Alguns amigos brincam que eu não escolhi a Eletrotécnica, ela me escolheu. Desde criança, eu observava as torres de transmissão e me perguntava o que eram e como funcionavam", revela. A jovem planeja iniciar a graduação em Engenharia Elétrica em breve.
Maria Clara Marques também encontrou no curso de Eletrotécnica do Cefet/RJ a sua vocação. Motivada pela curiosidade e pelas boas perspectivas de emprego, ela enfrentou os desafios impostos pela pandemia de covid-19, que interrompeu as aulas práticas até o terceiro ano. "Graças à dedicação dos professores, conseguimos organizar diversas atividades para recuperar o atraso e ainda consegui uma oportunidade de estágio fora da instituição", conta. Após o estágio, Maria Clara foi aprovada no concurso da Petrobras, onde trabalha como técnica de manutenção elétrica.
Érica Aleixo (à esq.) e Maria Clara Marques concluíram o curso de Eletrotécnica do Cefet/RJ recentemente e já estão empregadas na área
Em 2022, o Cefet/RJ lançou o Cefet/RJ Plural, uma política institucional destinada a promover campanhas contínuas contra qualquer tipo de discriminação e opressão. A iniciativa reforça o compromisso da instituição com a igualdade e a diversidade, essencial para combater o sexismo e a misoginia no ambiente educacional. Para saber mais, acesse a página do Cefet/RJ Plural.
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