Cientista da NASA e pesquisadoras do Cefet/RJ relatam suas trajetórias na ciência
Astrônoma brasileira da NASA, onde trabalha há 30 anos, e recordista na descoberta de vulcões ativos em Júpiter, a cientista Rosaly Lopes esteve no Cefet/RJ para falar sobre a importância e a responsabilidade de ser um exemplo de pesquisadora em uma área do conhecimento na qual há grande predominância masculina. O evento “Mulheres e seus universos”, que lotou o Auditório 5 do campus Maracanã no dia 23 de maio, contou também com a presença das professoras do Cefet/RJ Andreia Guerra de Moraes e Ana Lucia Ferreira de Barros, ambas também pesquisadoras do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações para incentivo à pesquisa no Brasil.
Rosaly Lopes, astrônoma, geóloga planetária e vulcanóloga que atua como cientista sênior do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, é uma carioca nascida e criada em Ipanema que desde criança imaginava se tornar astronauta. “O programa Apolo da NASA me inspirou; mas eu era míope e minha irmã me deu a ideia de ser astrônoma”, lembrou. Rosaly – que já escreveu quatro livros e tem mais de 120 artigos científicos publicados – contou em detalhes suas principais missões, como a descoberta de 71 vulcões em Júpiter entre 1996 e 2001. Esse feito lhe rendeu menção no Guinness Book de 2006 como a maior descobridora de vulcões planetários. Rosaly também relatou como se deu a construção de sua carreira científica, iniciada com os estudos de Astronomia na Universidade de Londres há quatro décadas.
Organizadora do evento, a professora Dayse Haime Pastore contou que a ideia de reunir três cientistas brasileiras para falar de suas trajetórias acadêmicas surgiu quando o Consulado dos Estados Unidos tomou conhecimento do projeto de extensão do Cefet/RJ intitulado “Meninas! Vamos fazer Ciências!”. “Nosso objetivo com esse evento foi fazer com que o público participe do diálogo e que nossas alunas possam se inspirar nas historias dessas três mulheres”, explicou a professora Dayse.
O evento também contou com o relato da professora Andreia Guerra de Moraes, que desenvolve pesquisa sobre História da Ciência e Educação Científica e que, recentemente, foi eleita presidente do International History, Philosophy, and Science Teaching Group (IHPST). “Esse movimento das mulheres ganhando espaço na ciência é muito importante para sair da invisibilidade e também é fundamental para nossas alunas”, enfatizou Andreia. A professora Ana Lucia Ferreira de Barros, que desenvolve pesquisas sobre Física Atômica e Nuclear com ênfase em Astrofísica e Astroquímica no meio interestelar, também contou como foi a construção da sua carreira acadêmica. “Nós, mulheres, temos que acreditar em nossa força e realizar nossos sonhos”, contou Ana, que também contou que sonhava em ser astronauta e hoje realiza pesquisas em nível de pós-doutorado na NASA.
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