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Alunos do Cefet/RJ desenvolvem braço biônico e estão entre os semifinalistas do prêmio Respostas para o Amanhã

Publicado: Segunda, 12 de Agosto de 2019, 18h30 | Última atualização em Terça, 13 de Agosto de 2019, 18h50 | Acessos: 4462

Projeto BioArm foi selecionado dentre os 919 inscritos na premiação

 

A equipe do projeto é formada por alunos dos cursos técnicos em Edificações e Mecânica do campus Maracanã. Da esquerda para a direita: Willian Silva, Marcello Graco, Amanda Garcia, Marcus Vinícius Damaso, Gabriel Ferreira (em pé) e Leandro Cortês (em pé).

 

O projeto de extensão BioArm, do Cefet/RJ, que visa à construção de uma prótese biônica para o antebraço para pessoas deficientes com baixa renda, foi classificado entre os 20 semifinalistas da 6ª edição do prêmio Respostas para o Amanhã. O prêmio é uma iniciativa da Samsung, que visa estimular e difundir projetos de investigação científica e/ou tecnológica de alunos do ensino médio da rede pública, sob a orientação de professores, com o intuito de propor respostas a problemas das comunidades nas quais estão inseridos.

A estudante Amanda Garcia, 16 anos, aluna do 2º ano do curso técnico em Edificações, conta como foi receber a notícia de estar entre os 20 semifinalistas. “Quando vimos o resultado, eu confesso que fiquei até emocionada, porque é uma conquista grande, mesmo não sendo ainda o primeiro lugar. É legal pensar que isso é uma conquista nossa, a gente trabalhou muito, alguns aqui viraram noites nesse projeto.”

O BioArm funciona por meio de sensores fixados no braço da pessoa, captando os sinais elétricos enviados pelo cérebro aos nervos, que dão o comando aos músculos. Os sensores detectam essa frequência muscular e a transformam em movimento. Marcello Graco, 16 anos, aluno do 2º ano do curso técnico em Mecânica, é o líder da equipe e conta como o apoio dos professores foi fundamental. “Eu tinha esse projeto em mente desde o quinto ano do ensino fundamental. Mas eu não sabia programar, não tinha conhecimentos em eletrônica, nem anatomia e nem sabia usar os softwares necessários. Além disso, eu nunca teria condições financeiras para fazer sozinho. Quando eu entrei no Cefet, algumas portas se abriram, os professores abraçaram o projeto e nós fomos agregando à equipe alunos que tinham várias habilidades.”

A equipe do BioArm em reunião com os professores Sidney Oliveira e Valéria Pereira

 

Os professores Sidney de Oliveira e Valéria Pereira são os orientadores do projeto. Eles defendem que a divulgação da conquista da equipe é muito importante para estimular a participação dos alunos em projetos de pesquisa e extensão da instituição. “O nosso objetivo é para além da premiação, queremos contagiar outros alunos com esse espírito. A ideia é que mais e mais jovens embarquem em projetos como esse”, explica Sidney. Valéria destaca também as possibilidades de aprendizado multidisciplinar dos alunos. "Eles desenvolvem habilidades que vão além dos conteúdos da escola, como gestão da qualidade, marketing e metodologias de gestão de projetos."

 

A criação da prótese de baixo custo 

A versão mais atual da prótese recebeu o nome de EDGE (Mark 5)

 

O início do projeto foi há cinco meses e desde então os alunos já desenvolveram cinco versões do modelo. A tecnologia utilizada na última versão do braço é o Arduino Nano, um microcontrolador muito usado para prototipação de sistemas eletrônicos. E o material escolhido para usar na impressão 3D foi o PETG, uma versão modificada do PET, o polímero usado em garrafas de plástico.

Marcello explica que o processo para chegar ao protótipo atual demandou muitos aprendizados e atualizações. “A primeira prótese era de madeira, toda quadrada. Começamos a aprender como fazia um dedo, depois testamos o melhor material para encaixar as articulações e que não apresentasse deformidades após a impressão, porque isso prejudicava os movimentos do braço. Por último, tivemos que realocar os componentes eletrônicos para não concentrar o centro de massa num só lugar e pensar uma forma de encaixe que não machucasse a pessoa.”

Um dos principais propósitos do projeto de extensão destacados pela equipe é que a prótese seja acessível a pessoas de baixa renda. “A ideia é dar acesso a pessoas que não podem pagar por próteses de fibra de carbono, com múltiplos movimentos. Por isso, investimos em criar uma prótese barata, que permite os movimentos básicos do dia a dia, usando um material de baixo custo”, explica Marcello. Um outro fator destacado pelo estudante e que contribuirá para a democratização do acesso é o fato de o projeto ser de código aberto. “Nós vamos disponibilizar o acesso total ao código e um tutorial para que qualquer pessoa ou organização que tenha acesso a uma impressora 3D possa imprimir o BioArm.”

 

Para saber mais sobre o BioArm, acesse: https://linktr.ee/projetobioarm

 

 

 

 

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